sábado, 29 de outubro de 2011

Barcelona - 6º Dia

Depois de uma noitada na Opium, fomos para casa exaustas, último dia em Barcelona seria tudo ou nada, dia de fazer tudo o que ainda não tínhamos feito. Levantei as onze horas como sempre e já me deparei com Cris, como diriam os espanhóis aburrida ( chateada ), perguntei a ela o que tinha acontecido, ela me disse que não aguentava mais, o quarto era quente e o sino começo a badalar as nove horas (pontualmente) e desde então ela não dormiu mais. Queria pegar um vôo e voltar para casa, isso se chama a síndrome dos seis dias, quanto você não aguenta mais visitar pontos turísticos, comer coisas diferentes, nem ver pessoas diferentes ou falar línguas diferentes, bate uma saudade danada de casa, se a pessoa conseguir sobreviver ao sexto dia, pode ter certeza que ela ficará toda a viagem. Mas voltando ao problema, depois de tomar um banho e esfriar a cabeça, descemos para comer no restaurante vizinho ao hostel, comemos bem e o ânimo de caminhar mais um dia voltou. Eu ainda não havia comentado, mas em frente ao hostel tinha uma loja de lenços muito bacana, eu já havia percebido que todas as mulheres usavam muitos lenços na Espanha, não sei se era pelo clima ou mesmo pelo belo adorno e quando voltávamos ou saíamos do hostel paquerávamos muito com essa loja. Como era o último dia, entramos dessa vez para comprar. Olhamos vários, as meninas compraram para elas e para dar como presentes, já eu não consegui optar por nenhum, eram todos tão lindo que deixei para escolher na volta para o hostel a noite (erro, quando voltamos a loja já estava fechada). Porém o mais inusitado desta compra foi o vendedor, como eu era as relações públicas dessa excursão de três, eu traduzia as dúvidas e passava para o vendedor, só que ele era muito gato e as meninas ficavam me dizendo, diga que ele é gato, ele é fofo, e lógico eu falava para ele outra coisa, mas a resenha já estava tanta que ele não entendia, mas percebia que eu não estava falando tudo, então elas falaram uma palavra que aprenderam ligeiro quando chegaram a Espanha, "guapo" (bonito), ele percebeu e devolveu a cantada: " Diga a ela que de duas horas eu estou livre para um café". Compramos os lenços e fugimos para nosso último dia turístico na cidade. Sorrindo, depois de comer e levar uma cantada, subimos as ramblas em direção a saída dos ônibus, pegamos a rota azul e fomos direto ao ponto turístico mais famoso de Barcelona, a Igreja da Sagrada Família, uma obra fascinante do artista Gaudí iniciada em 1882 ainda incompleta, deixada como herança para o povo.
Quando chegamos a Igreja, todos os turistas do mundo estavam lá, não haveria como entrar sem pegar uma fila de pelo menos duas horas (erro, sempre comprar os bilhetes pela internet), só olhamos por fora, tiramos fotos, apreciamos ela por mais alguns minutos e seguimos em direção ao Parque Guell, mais uma obra de Gaudí. Quando descemos do ônibus, vimos um café fomos para lá, relaxar um pouco para seguir viagem, para chegar ao parque tínhamos que subir uma baita ladeira. Ao chegar no parque, percebemos como Gaudí era perturbado, por todo o parque tinha suas criações, desde mosaicos a esculturas. Os traços na arquitetura eram marcantes, foi nessa hora que Cris olhou para nós e disse: " Esse Gaudí, só podia não ter namorada para ter tempo de inventar e construir tanta coisa". Verdade seja dita, ele era um monstro nas artes, em todos os lugares da Espanha tem marcas de suas criações. Voltando ao passeio, enquanto entrávamos no parque e disputávamos lugar entre os turistas para tirar fotos na frente do parque com um lagarto de azulejos, os artistas locais trabalhavam, um deles me parou e pediu para fazer uma foto minha que se eu não gostasse não iria pagar, aquela conversa toda de vendedor de peixe, mas aí ele fez, para minha surpresa, não seria nenhuma pintura, ele cortou um pedaço de papel e me recortou no papel, como eu estava no momento, ficou lindo, uma linda lembrança de Barcelona, realmente valeu dois euros.




Começamos a andar pelo parque, mas na realidade não conseguíamos sair da frente do parque, o qual era o mais bonito, subimos alguns degraus e chegamos ao topo, esculturas espalhadas pelo terraço, azulejos adornando os bancos e uma linda vista da cidade. 


Saímos do Parque Guell com uma certeza, Gaudí era meio pirado e não tinha namorada, só isso para justificar tamanha imaginação. Quando saímos do parque e estávamos descendo a ladeira, nos deparamos com mais um artista local, sentado, só Deus sabe em que. Colocamos algumas moedas e tiramos uma foto com ele, para depois olhando bem para ela, tentarmos imaginar como ele faz isso. 


Descemos a ladeira e fomos em direção a próxima parada, naquele dia, tudo estava dentro do cronograma, próxima parada Camp Nou, estádio do Barcelona. Outro arrependimento foi não ter colocado um jogo do Barça no roteiro da viagem. Quando chegamos ao estádio, outra facada para entrar, optamos por não entrar e fomos para a lojinha comprar algumas lembranças, entre camisas, chaveiros, garrafinhas, bolas, ficamos loucas e loucura também seria gastar muito ali, tudo muito caro. Fizemos compras, ficamos por ali, tiramos umas belas fotos, fingimos jogar bola com Merci e depois seguimos viagem para a Praça Catalunya, última parada.





Saí do Camp Nuo, com um desejo, da próxima fez não deixo um jogo do Barça passar em branco. Seguimos viagem no ônibus de turismo, apreciando a beleza da cidadela olímpica e do porto, não descemos para olhar, porque a essa altura, já não tinha mais pernas para andar, então só paramos no último ponto, a praça Catalunya. Ao chegar a praça, ainda eram incríveis dezoito horas, cedo demais, bateu aquela fome e corremos para o Big Mac, logo após fomos olhar a Zara e H & M, tentar comprar algo para o resto da viagem, improvisar. Voltamos para hostel, para descansar, nosso vôo era ás 6 horas, tínhamos que arrumar a bagagem, organizar documentação, providenciar táxi, tudo isso para não corrermos o risco de chegarmos tarde e perdermos o vôo, antes que eu me esqueça, Cris sobreviveu a síndrome do sexto dia, não pediu mais para ir embora, e depois de Ibiza ela não falou mais nisso. Nossa próxima parada e próxima cidade seria Ibiza e o que estava por vir nem a mais otimista de nós poderia imaginar.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Barcelona - 5º Dia

Segundo dia em Barcelona, dia de turistar. Depois de desbravar o bairro gótico na noite anterior de descobrir que a herbalife é mundial, acordamos cedo ( 11 horas) e fomos atrás, também, do ônibus de turismo. Mas antes de falar sobre o quinto dia, vou falar da quarta noite. Por uma infelicidade do destino nosso quarto era super quente, escaldante e o último em um corredor, por trás de uma igreja, todos os dias as nove horas da manhã o sino da igreja tocava para a missa, meu sono é super pesado e para completar ainda tinha bebido na noite anterior o que o deixou mais pesado ainda, mas as meninas não tinham essa mesma sorte. Quando acordei elas já tinha tomado café e estavam conversando, só me esperando dar o ar da graça, enfim voltando ao quinto dia, como já era quase hora do almoço, tomamos a decisão de agilizar os passeios, fomos atrás do ônibus de turismo, caminhando pelas ramblas (calçadão com uma rampa) encontramos o balcão de vendas, compramos e fomos atrás do ponto de partida, subindo as ramplas até seu final nos deparamos com o supra sumo do consumo, uma do lado da outra, as maiores lojas de departamentos da Espanha, ZARA e EL CORTE INGLÊS, imediatamente vimos as palavras MAC, LANCÔME, DIOR, PRADA, perdemos os sentidos por alguns instantes, olhamos rapidamente as vitrines, marcando os itens para na volta mandarmos para o espaço os cartões de crédito. Voltando aos sentidos, fomos tirar umas fotos na praça catalunya, aproveitar o ônibus de turismo e pararmos no bar das Tapas que tanto queríamos achar, achamos, depois de parar e tirar mais fotos na casa de Battlo seguimos para o bar.



Ao chegar no Tapas Tapas, já percebemos um ambiente diferente, agradável, garçons educados, pessoas bem vestidas, cheio, a comida não poderia ser ruim. Pedimos de entrada algumas tapas e em seguida uma Paella como prato principal, para beber, umas cervejas encorpadas. Sucesso total, tudo maravilhoso, até os garçons se ofereciam para tirar nossas fotos.



Depois de uma comida ótima, pegamos o ônibus da rota vermelha em direção aos pontos turísticos, nossa primeira parada foi o Museu Nacional d´ Art Catalunya (MNAC), mas antes de chegarmos nele passamos por uma avenida extremamente interessante, seu nome era Avenida Diagonal, ela era a própria Rua Augusta de São Paulo, as maiores grifes do mundo estavam ali, como diria Simone, meus olhos praticamente caíram da caixa, mas não conseguiríamos dar conta de tudo, então seguimos viagem. Ao chegar na praça que fica localizado o Museum, deslumbre total, uma beleza esplendorosa, não chegamos e entrar nele, mas andamos para todos os lados e em nenhum momento subimos escadas comuns, pois escadas rolantes haviam em todo lugar, nessa hora Cris falou: " escadas rolantes, adoro a Espanha".

Voltando a rota vermelha, o ônibus começou a passar pelos prédios deixados pela herança dos jogos olímpicos: o estádio olímpico, a pira, o museu. Passando por estes lugares em seguida descemos no teleférico Montjuic, um teleférico que nos levaria a um castelo no topo do monte, não resistimos, compramos os bilhetes e fomos. A vista da cidade foi belíssima, durante toda a subida eu e Isa éramos duas crianças com brinquedo novo, eufóricas, já Cris permanecia imóvel, congelada de pânico, mas mesmo assim conseguiu pousar para algumas fotos, quando já era tarde demais foi que descobrimos que ela tinha medo de altura, também não era para menos o bondinho que nos levara era uma caixinha, que balança ao menor movimento nosso lá dentro.
Mas ao final da viagem, a vista de Barcelona foi linda demais, valeu a pena. Como para descer todo santo ajuda, seguimos viagem, nisso já era umas seis da tarde então decidimos passear um pouco de ônibus, foi nesse embalo que chegamos no porto, abaixo dos anéis olímpicos e calmamente fomos caminhando pela orla, olhando o intenso movimento de pessoas na ponte móvel, isso mesmo, uma ponte que a noite era recolhida e de dia era posta em movimento para que as pessoas pudessem atravessar. Para todos os lados as pessoas procuravam um lugar para ver o espetáculo do por do sol, olhar os iates, andar de bicicleta, de patins, comer, relaxar.

Chegamos ao fim da parte turística deste dia, hora de sermos práticas e realistas, vamos as compras, já visualizava meu cartão de crédito ao final do mês. Voltamos a dita praça e invadimos o El Corte Inglês, primeiramente MAC. Prestei uma assessoria na língua as meninas, enquanto elas me prestavam assessoria no bom gosto, foi estrago, nisso ainda tínhamos que passar na Zara para vermos o look de mais tarde na boate, decepção, só roupa de frio, como já era umas oito da noite, paramos para comer algo, primeiramente avistamos o Hard Rock Café, com aquele padrão de decoração, um carro antigo no meio do bar e guitarras e fotos de roqueiros espalhados por todo lugar, infelizmente uma fila de espera de uma hora, para não errar, Mac Donald foi a solução, em seguida demos mais uma olhada nas lojas, mas já estava mais do que na hora de voltarmos ao hostel, a noite ainda tínhamos que ter pernas para sair e conhecer a falada OPIUM.
Para nossa sorte, balada na Europa só depois das duas, então depois de revirarmos toda a bagagem atrás de um look nem piriguete, nem noviça rebelde, achamos um meio termo e fomos. Nosso "personal party", era o amigo de Cris, ele já bastante viajado conhecia todas essas baladas de todos os lugares que iríamos passar, e não saíamos de casa sem nos consultar com ele, via facebook. Então ele nos indicou duas, a que escolhemos foi a Opium. Chegando na fila de entrada já fui analisando a roupa das meninas, tamanho dos vestidos e a maquiagem, percebi que tinha uma pessoa, um homem, analisando as pessoas da fila, já gelei, pensei que iria cismar conosco. A moça que estava duas a nossa frente foi barrada e não entrou, aí danou-se! Quando chegou nossa vez ele perguntou de onde nós éramos e quantas éramos, nos olhou dos pés a cabeça, muito constrangedor, e liberou nossa entrada. Depois de entrarmos relaxei e curti a boate, muito legal, grande e luxuosa, ela tinha um deck de frente para o mar com vários sofás e pessoas espalhadas por todos os lugares. Quando deu três horas mais ou menos, deu uma fome nas meninas, como lá não era Natal que em todos os lugares tem um comeu morreu, tínhamos que sair da boate para ir atrás de comida, vizinho a ela tinha uma boate cujo nome era Ibiza, falei com o segurança, ele nos deixou entrar foi quando vimos a arrumação, aquela boate parecia um cabaré, vários travestis e grupinhos privês. Falamos com o garçon, super gato, e ele nos falou que a cozinha havia fechado, fomos atrás de outro lugar, andamos mais um pouco e vimos um bar que já estava próximo a fechar foi lá que escapamos. Na volta para Opium vi que o comércio de drogas praticamente funciona a olhos vistos, não é só no Brasil, fomos paradas algumas vezes por angolanos nos oferecendo marihuana (maconha) isso com a polícia bem próxima. Com a barriguinha cheia, agora sim podíamos beber, chegamos no bar e pedi uma dose de vodka, 12 euros, desisti de beber, olhei melhor para as meninas que estavam atendendo e lembrei de Showbar, aquele filme que as garotas dançam em cima do balcão do bar, as danadas eram muito bonitas, nisso a boate encheu e as riquezas começaram a aparecer, mas a maior de todas ficava no palco dançando com o DJ, um bailarino muito gato que dançava muito mesmo. Conhecemos algumas figuras nesta noite, alguns investiam, outros desistiam e outros insistiam até demais. Cinco da manhã, hora de voltar para o hostel, o último dia em Barcelona ainda estava por vir.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Madri-Barcelona - 4º Dia

Quarto dia de viagem, dia de mudar de cidade, nesse momento quando comecei a arrumar minha mochila sentia uma mistura de medo e anciosidade, até porque o único trem que havia andado em minha vida foi o trem do forró, com certeza esse não serveria de parâmetro. Do hostel a estação de trem seria um quilometro de caminhada, com mochila nas costas e aquele sol básico de todos os dias, quando uma das meninas sugeriu o táxi, ainda relutei um pouco, mas foi só o tempo de colocar a mochila nas costas e sentir o drama. Pegamos o táxi e quando olhei pela janela descendo a rua fui me despedindo de Madri, fiquei triste, mas um pouco a frente quando vi pedreiros numa construção, incrivelmente belos e sarados e lembrei dos nossos fiquei mais triste ainda. Chegando a estação, tudo tranquilo, fomos tomar café por lá mesmo antes que Cris tivesse um passamento (aliás todas nós), em seguida fomos agilizar o embarque, até porque ninguém nunca tinha andado de trem, para garantir qualquer eventualidade fomos direto esperar nosso horário, nesse meio tempo fiquei imaginando como seria, onde colocaria minha bagagem. Havia lido muito sobre, mas passar pela experiência é diferente.




Entramos, nos acomodamos e relaxamos, descobri que a bagagem fica onde der para colocar (na entrada, acima das cabeças ou mesmo atrás das poltronas), pontualmente o trem começou a mover-se, poucos minutos após, olhei para Cris e ela já estava dormindo, Isa ouvindo um forrozinho no celular e eu? Baixou uma tv no corredor e começou a passar um filme, me animei, principalmente porque eu não havia assistido, o filme se chamava "Rango". O trem chegou a 300 quilômetros por hora ligeiro feito bala, nesse hora me arrependi de não ter comprado mais bilhetes de trem do que passagens aéreas, pelo menos não teríamos que passar pelos contratempos que ainda viriam a ocorrer. Depois que o senhor passou conferindo as passagens de todos a lanchonete do vagão foi liberada, nos dirigimos até lá para comer algo e esticar as pernas, quando chegamos, ela já estava cheia, todos querendo ser atendidos e uma pessoa só para fazer tudo, com o decorrer dos dias eu passaria a entender porque tem tão pouca gente para dar suporte ao cliente em todos os lugares. Opa! Quase esqueço, você pode tomar água na torneira tranquilamente, não é com a nossa, mesmo assim agua era vendida engarrafada por um preço bem maior.

Apreciando a viagem, as paisagens, assistindo um filme ou ouvindo música chegamos a Barcelona as duas da tarde, a estação de trem de Barcelona era tão grande quando a de Madri e tão eficiente quanto. Desembarcamos e pegamos um táxi até o hostel, no caminho fomos admirando as ruas e os monumentos da cidade que até as Olimpíadas de 1992 ficou esquecida pelo mundo. Quando passei pelos anéis olímpicos não pude me conter de felicidade, as meninas não me entendiam, mas eu me apaixonei por Barcelona desde os jogos daquela época. O taxista nos deixou nas "ramblas" porque nossa rua estava bloqueada, a princípio pensei que era algum bairro barra pesada e que tínhamos nos metido numa roubada, mas logo depois pude perceber que estávamos no bairro gótico, um dos pontos turísticos de Barcelona, com suas ruas estreitas com séculos de existência. Vimos um restaurante charmoso vizinho ao hostel e mal conseguimos fazer o checkin pensando em comer, largamos tudo e descemos, invadimos o restaurante com aquela fome tradicional e pedimos logo de entrada umas tapas, depois os pratos principais. ATÉ QUE ENFIM UMA BOLA DENTRO, tudo estava fabuloso.



 Como diria minha avó: "comer no bucho e pé no mundo", pegamos o mapa e o guia e começamos a andar pelo bairro gótico. Descrever em palavras o que senti caminhando por aquelas ruas é injusto, tamanha é a beleza histórica que guarda aquelas paredes, hora nos achávamos, hora nos perdíamos, mas o tempo todo descobríamos a história em cada canto.




Depois de subir, descer, entra e sair de ruas fomos seguindo o mapa em direção ao museu Picasso, mas quando chegamos ele já estava fechado, porem logo a frente iríamos nos deparar com o parque da cidade, com o museu de ciências naturais, arco do triunfo e um emaranhado de ciclistas e pedestres para todos os lados. A tradicional vida de quem vive em Barcelona se retratava nas imagens que vimos, uma perfeita combinação de bem estar com paz.


Voltamos para o hostel, a noite ainda estava para começar, combinamos de ir para a boate no dia seguinte, então decidimos sair apenas para jantar e passear nas ramblas apreciando a beleza de suas estátuas vivas e artistas. Tentamos bastante apenas fazer isto, mas assim que colocamos os pés na rua vários promoters nos cercavam a todo tempo, tentando vender pacotes de boates e entradas vips, esperamos a melhor proposta e ela veio, um grupo nos ofereceu entrada grátis e uma dose free e para completar ainda ficava pertinho. Com os convites na mão, agora sim fomos jantar, pedimos algumas tapas e a tradicional sangria (uma mistura de vinho, e outras coisas que ainda não descobri), como a sorte não bate duas vezes no mesmo lugar, uma das tapas que pedimos venho com lula, uma perseguição. Entes que eu me esqueça, assédio total, Barcelona naquela noite parecia mais uma cidade universitária, onde todo mundo era calouro e queria pegar geral. Quando estávamos empolgadas na conversa passou um grupo de rapazes por nós, pararam e vinheram falar conosco falando meia palavra de portunhol, saquei logo a conversa de brasileiro esperto e quando um deles venho com portunhol eu fui com português mesmo, não deu outra, caíram na risada e para sair de lá foi luta, descobrimos que eles eram da herbalife e estavam em um congresso (por isso as ruas de Barcelona estavam repletas de camisas da herbalife). A conversa estava muito boa más tínhamos que entrar na boate até duas horas, como já era uma, demos um passa fora nos brasileiros. Quando entramos vimos que aquela história de cidade universitária não era impressão, só tinha universitário na festa, tomamos umas doses, curtimos a festa um pouco mais e fomos para o hostel dormir bem molinhas, até porque depois de fazer uma viagem de Madri para Barcelona, passar o dia e a noite na rua minhas baterias precisavam recarregar, quando chegamos ao quarto desejamos ardentemente um quarto com ar condicionado, nunca pensei em passar tanto calor na noite de Barcelona, imagina só o dia seguinte.