sexta-feira, 20 de julho de 2012

18° Dia - Madri - Recife

O dia "D" chegou, nada mais feliz e triste do que o dia da partida, viajar é muito bom, mas voltar para casa é melhor ainda. Foi com tamanha felicidade que acordamos no décimo oitavo dia, com horário marcado para voltarmos para casa, uma saudade danada dos pais, da família, dos amigos chatos, da velha rotina e da comida, e como sentíamos falta da comida.
Acordamos cedinho arrumamos os mochilões pela última vez, e fomos tomar café, foi um momento de descontração, lembrávamos dos momentos engraçados, dos momentos de aperreio, do que havíamos perdido mas principalmene do que havíamos ganhado com essa viagem. A volta tinha tudo para ser muito tranquila, até porque nada mais poderia acontecer, certo? errado de novo. O Aeroporto de Madri é gigantesco os terminais são afastados e os prédios são ligados pelo metrô, por um grande equívoco da minha parte, desembarcamos no terminal errado, aí já viu, foi uma correria enorme, até porque várias pessoas desembarcaram primeiro que nós, isso nos atrassou bastante. Depois de chegar no checkin e nos informarem que não era aquele terminal, pela primeira vez, entrei em pânico, todos os vôos poderiam dar errado menos este, então correndo desesperadas eu e as meninas pegamos um táxi que nos deixou no terminal correto, já exaustas da correria chegamos no checkin e embarcamos a bagagem, depois que as mochilas desceram na esteira e nós entramos foi que consegui desacelerar e relaxar, Thaty era a mais tranquila de nós, eu e Cris estávamos quase tendo um piripaque, enfim foi nesse climão de quase infarto que entramos no free shop para fazermos as ultimas comprinhas, nesse meio tempo, chamam nosso vôo, embarcamos no vôo da Iberia com destino a Recife por volta das 11 a.m, tudo que nos separava de casa era o ocêano atlântico, já imaginei uma viagem tão ruim quando a da ida, ainda bem que eu estava errada. Ao meu lado sentou um rapaz gato (fofo, lindo) o qual em um primeiro instante não me chamou a atenção (só no primeiro momento) Cris subitamente queria tentar trocar de lugar comigo com a desculpa de praticar o espanhol (rsrsrsrs), só tentar, porque dali eu não sairia mesmo. Nosso almoço foi servido e com ele um delicioso vicio que trouxe dessa viagem, o vinho. Com a ajuda da bebida meu espanhol melhorou bastante e puxei conversa com nosso companheiro de fila, ele nos falou que era bombeiro e que com mais 9 amigos, eu disse 9, estava indo para o Brasil pela primeira vez praticar o kitesurf na cidade de Cumbuco no Ceará. Eu pensei porque Cumbuco? Porque não São Miguel do Gostoso no RN que tembém é propício para a prática do esporte,  e além do que eles poderiam contar com nossa ajuda para conhercer o litoral. A conversa estava fluindo solta, ou melhor, o vinho estava rolando solto, até a comissária de bordo suspender as garrafas. Bateu aquele banzo e fomos dormir, depois de umas sete horas de vôo chegamos a Fortaleza, onde os meninos desembarcaram e nós aguardamos a escala para Recife. Aproveitamos a escala e fizemos mais algumas compras no free shop e depois de cerca de duas horas embarcamos novamente com destino a Recife.
Quando chegamos em Recife e fomos pegar as mochilas na esteira bateu aquele medo de terem roubado ou violado, mas a vantagem de viajar de mochila é que ninguém tem interesse nelas. Chegamos dentro do previsto, umas 7 p.m, o problema foi que nosso vôo para Natal só sairia 1:30 a.m, mais seis horas em algum aeroporto estando tão perto de casa era inaceitável. Subimos a praça de alimentação batemos aquele prato de feijão com carne, ficamos por ali descidindo o que fazer e resolvemos ir para um motel, perto do aeroporto mesmo, o taxista nos levou e ficou de nos buscar no horário combinado, foi a melhor decisão de toda a viagem, as poucas horas descançando numa cama foi o melhor remédio para o cansaço. Embarcamos com destino a Natal e nem deu tempo cochilar, chegamos, finalmente a viagem havia acabado, nos despedimos e cada uma seguiu seu destino para casa.
Quando comecei a planejar esta viagem, cerca de um ano antes, não poderia imaginar que ela seria concretizada, nem com quem eu poderia viajar. Poucos meses antes do embarque quando eu já estava preparada para ir sozinha, as meninas entraram em contato comigo e confirmaram suas presenças, a princípio uma mistura de alívio e preocupação tomou conta de mim, eu não queria viajar sozinha e ter companhia foi um alívio, mas também todas as reservas nos hostels, todos os vôos, todos os trens, se algo desse errado eu poderia arcar com o prejuíso, mas fazer com que outras pessoas embarcassem nas minhas espectativas, me preocupou. Ainda bem que eu tive muita sorte e viajei com as pessoas certas, temperamentos diferentes isso é verdade, mas extremamente corretas.
Fazendo um balanço do que foi a Eurotrip 2011, eu posso dizer que foi uma experiência única, passar 18 dias fora de casa em países diferentes com comidas, costumes e pessoas diferentes, mudar de cidade a cada dois dias, conhecer as baladas mais iradas do mundo e caminhar por ruas com séculos de idade, foi incrível, eu poderia até dizer que não teve preço, mas teve sim, voltamos com os cartões estourados e a conta bancária vazia mas uma satisfação imensa e um sorriso enorme nos lábios, algo para nunca esquecer. Para todas as outras coisas com preço, segue abaixo uma tabela onde os interessados vão poder saber o custo da viagem que fizemos passo a passo, para minhas amigas que viajaram comigo em 2011, nos veremos novamente em 2012 rumo a Argentina.  HASTA LUEGO!