sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

10º Dia - Adeus IBIZA

Terça-feira 07:00 horas da manhã, foi a hora que Cris acordou e venho me chamar para agilizarmos o passeio para Formentera, só que sete horas da manhã lá é como se fossem cinco horas aqui, aquele sol nascendo, aquela pregriça, a vontade de dormir mais um pouquinho, aí você associe tudo isso ao cansaço, ao ar condicionado e ao escuro do quarto, pronto! Formentera dançou. Quando acordamos já era meio-dia, um dos pecados da viagem foi não conhecer essa ilha belíssima, mas enfim, desci para procurar uma máquina de saque enquanto as meninas se arrumavam, existiam várias na orla, mas infelizmente escolhi logo a que iria quebrar na minha vez, a máquina engoliu meu cartão, fiquei louca, já com pouco dinheiro e sem travel card. Meu caros amigo, aí vai um dica de viagem, sempre tenha uma alternativa para que alguém possa depositar dinheiro para você, você pode utilizar o travel card, cheque travel ou se informar no seu banco onde você pode utilizar seus serviços no exterior, isso facilita muito a vida do viajante na hora dos contratempos e acreditem eles tardam mas sempre aparecem. No meu caso meu plano B foi meu outro cartão de crédito e as meninas que me socorreram quando precisei. Depois de me lamentar muito em perder meu cartão mais gordo, antes mesmo de chegar na Itália, fomos até bora bora para nos despedir de tudo e todos, passamos algum tempo por lá e vimos algumas pessoas que estavam no dia anterior, mas queríamos ver mesmo o best friend. O tempo foi passando, o povo começou a aparecer e a barraca encheu, sempre acompanhada daquele toque techno do DJ, pedimos aquela sangria para acalmar a canceira, no embalo da música as pessoas foram subindo nas mesas e dançando loucamente. Vocês lembram dos portugueses metidos a besta no primeiro dia, na fila para entrar na Space, pois é! Eram eles que estavam em cima das mesas.




Pouco tempo depois chegou o best friend, com aquela cara de pão dormindo, de quem foi para uma farra grande no dia anterior (ele confirmou, estava com uma baita ressaca). Entre uma dança e outra um rapaz estranho me chamou a atenção, pequeno, cabelinho arrumado e principalmente com roupas normais, claro que não poderia ser europeu, dei mais uma olhada, camisa da Aeropostale só podia ser brasileiro de Natal ou de Recife, ele nos viu conversando em português se aproximou e perguntou de onde éramos, então as meninas responderam e logo também perguntamos, ele era de Recife (eu já sabia), conversamos um pouco, ele havia chegado naquele dia na ilha enquanto nós estávamos de saída, nos despedimos e fomos embora. Ao sairmos do bora bora paramos num trailer que vendia subway, Isa babou e indagou: " Tenho que comer". Tudo bem eu também estava desejando, comemos e ficamos conversando sobre nossa experiência em Ibiza, coisa de reflexão mesmo, o que deixamos de fazer, o que fizemos e quem conhecemos, quando estávamos para ir embora, dentre várias ruas lá se vem o best friend, coisa do destino, não havíamos nos despedido direito dele, ele havia ido embora antes de nós, então nos despedimos e prometemos sempre que possível manter contato, segundo ele já conhece o Brasil e tem planos para vir ao carnaval, para o Rio ou Salvador, mas eu já falei para ele, champange francês aqui é artigo de luxo e não vende em toda barraquinha de praia (risos). Voltamos para hotel para arrumar nossa bagagem e fazer o check out, essa noite seria a pior de todas da viagem inteira, eu não havia contado ainda para vocês mas nosso vôo era o pior possível porque sairíamos as 22:00 de Ibiza e faríamos uma conexão em Barcelona de 12 horas, ou seja, iríamos virar a noite no aeroporto, infelizmente só tinha esse vôo, teríamos que pagar essa penitência. Arrumamos a bagagem e fizemos o check out, nos dirigimos ao aeroporto, na hora do check in me deu aquele friozinho novamente, será que vai dar algo errado novamente? Tudo certo, embarcamos, na mala aquela sensação de quero mais...mais energia para aguentar Ibiza, quero voltar.


Chegamos em Barcelona no horário correto, demos uma volta, procuramos alguma lan house que pudéssemos passar a noite navegando, alguma coisa desse tipo, mas nada, uma lição que aprendi nessa viagem é sempre andar com um lap top, os aeroportos modernos não tem lan houses, mas eles vendem acessos Wi Fi, a noite teria sido menos cansativa. O tempo foi passando e eu olhava para as cadeiras com braços de ferro e tentava achar um meio de dormir nelas, foi quando de tanto andar, encontramos um café com sofás fofinhos só nos esperando, nossa noite estava apenas começando.