segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

4º DIA - PARIS

Sexta - feira de um dia nublado, aliás como quase todos os dias que fiquei por lá, acordei um pouco mais cedo e desci com o computador pois precisava localizar um determinado endereço no mapa, não sabia eu, o quanto trabalhoso isso seria. Quando comprei meu ingresso para o Louvre, comprei direto no site do museu, mas porém, o ingresso não era impresso na hora, você imprimia um comprovante o qual teria que trocar pelo ticket quando chegasse a Paris, o que eu não previ foi minha total falta de tempo para resolver isso. Paris é uma cidade muito rica em cultura, a toda hora em todo lugar há sempre algo a visitar, uma ponte, uma igreja, uma praça, um jardim, um castelo e como boa turista você quer ver tudo e não deixar nada de fora. Dessa forma chegou o dia do museu e eu não havia procurado os postos de troca, olhei mapas, internet e rotas e percebi o tempo que eu iria perder procurando esses lugares, acabei desistindo, dinheiro perdido, então se você vai a Paris pela primeira vez, aqui vai uma dica, não se assuste com pessoas dizendo a todo o tempo nos blogs que você tem que comprar tudo antecipadamente, para entrar nos museus, cheguei a ler antes de viajar que assim que eu colocasse os pés na cidade, se eu não tivesse providenciado todos os passes antes eu não conseguiria ingresso para algumas atrações, nada disso, algumas coisas necessitam ser compradas antecipadamente pelo fato de no dia ou terem esgotado ou serem muito caras, e outras não, é exagero, assim como exagero também é comprar o Paris Museum Pass e Paris Attraction Pass que dá direito a uma infinidade de entradas, atrações e benefícios os quais você não ira usufruir nem da metade, se você quer economizar na viagem tudo tem que ir para o papel. 
Depois desse breve comentário de como gastar seu dinheiro hora de voltar ao Louvre, Ana havia me dito que comprou no dia anterior o ticket não na entrada principal, mas em outra entrada do museu (subterrânea) bem escondida, em um mini shopping chamado de Carrrousel do Louvre, essa é sem dúvida a melhor maneira de comprar e entrar no Louvre, pouca fila e consequentemente pouco tumulto, seguimos para a entrada, mas antes de entrar uma pausa para as fotos, como não lembrar do filme: "O Código Da Vinci".





Entramos no museu sem nenhum problema, pensamos até que estaríamos na entrada errada já que não tinha quase ninguém entrando, passamos pela vistoria e direto para o rol onde estavam os mapas, pensei: " Será que tem algum em português?", num é que tinha mesmo. Mapa na mão seguimos sem pressa, nos deleitando com cada sala que entrávamos, mas assim como eu, minha amiga também estava louca para ver a área egípcia, então começamos a seguir o mapa com dois objetivos: Primeiro a Monalisa, segundo as lendárias múmias, sarcófagos e peças do Egito.


                                                                Vênus de Milo










Não havia como não parar e ficar olhando, encantada,  artes gregas, romanas, etruscas, islâmicas, egípcias, todas em um único lugar. Cada sala que entrávamos era um fascínio diferente, mas os quadros eram meus favoritos, gigantes, imponentes, com uma riqueza de detalhes que impressionavam. Foi nesse ritmo (quase lento) que chegamos ao mais famoso deles.


Numa parede isolada, coberta com uma protensão de vidro (e quem sabe quantas outras mais) estava ela, a a maior das obras de Leonardo da Vinci, A MONALISA. Encontrar sua sala foi fácil, entrar nela e chegar perto, isso sim foi difícil. Driblar um bando de turistas ávidos por uma foto (eu também), e mais outro bando de seguranças organizando filas foi uma batalha, ficar parada em sua frente por alguns minutos foi uma vitória. Mas para quem já entrou no machadão, praticamente esmagada, num jogo de Flamengo x América, passar a perna num monte de japoneses, foi como roubar doce de criança, assim sendo escolhi um e fiquei na espreita, ele estava bem em frente ao quadro, quando ele recolheu a câmera e ameaçou sair, eu já estava lá com o pé para ocupar o lugar dele, e lá fiquei por longos cinco minutos, e percebi que não entendo nada de arte, achei um quadro simples, comum, continuo apreciando os quadros gigantes, como este que segue abaixo, a coroação de Napoleão e Josefina em 1804, na catedral de Notre Dame.


Após sairmos do aperto que foi chegar até lá, começamos a procurar a ala egípcia, como o tempo passa rápido, não tínhamos visto nem 30% do museu e já havia se passado três horas, meus pés já começavam a doer, andávamos, parávamos, olhávamos um pouco a sala onde estávamos e não nos achávamos, estávamos perdidas, então relaxamos e começamos a andar sem rumo.








Enfim chegamos, com mais 50 mil objetos, o acervo do Louvre é um dos maiores do mundo, a vontade que eu tinha de ver uma múmia de perto, matei logo na primeira sala, la estava ela.








Confesso que bem no fundo eu fiquei olhando imaginando que ela iria se mexer (filmes demais), mas ver uma dessas bem de pertinho me fez acreditar onde eu estava de verdade e o quanto importante para mim já era essa viagem.

                                                                Livro dos Mortos





                                                        Sarcófago de Ramsés III


Três horas da tarde, ainda sem almoçar mas sem fome, sem pernas e muito menos pés, cansadíssima, convenci Ana a darmos por encerrada nosso passeio pelo museu, vimos 70% , e os outros 30% ficarão para outra viagem. Quando me falaram que eu passaria o dia inteiro no Louvre, eu achei exagerado, mas se eu tivesse mais forças para andar provavelmente eu terminaria só a noite, mas só para finalizar o dia só mais uma foto.


 Fim do passeio, mas não fim da noite, ela estava apenas começando. Voltamos para o hostel, tomamos um banho, recuperamos as forças e como era a última noite de Ana em solo francês, saímos para conhecer a noite de Paris, então vamos ao vinho.








Essa noite não estava muito propícia a sair, estava nublado e tudo indicava uma chuva, mas mesmo assim saímos para jantar e logo em seguida pegamos a garrafa de vinho, o metrô e seguimos a Torre Eiffel, eu ainda não á tinha visto a noite, como era iluminada, foi uma surpresa inesquecível, nem a neblina que caia naquela noite atrapalhou, pelo contrário, deu um toque nostálgico as fotos.



Como Paris é linda a noite, cada detalhe faz daquele momento único, especial, os barcos no Siena, as pessoas sorrindo, as luzes, até a chuva é linda, naquele momento eu me apaixonei pela cidade.




No Campo de Marte demos por encerrada nossa noite, já eram quase onze horas e já havíamos tomado toda a garrafa de vinho, hora de dar uma última olhada na cidade luz e voltarmos para o hostel, essa noite ficou eternizada em cada foto para sempre.