sábado, 24 de maio de 2014

12º DIA - BERLIM - PRAGA

Depois de um dia cheio, a noite foi para arrumar a bagagem, preparar a documentação e dormir cedo para no dia seguinte mudar de cidade e de país, foi assim que começou meu dia, muito cedo eu já estava no hall me preparando para deixar Berlim. O que aprendi com essa cidade fantástica, foi muito mais do que eu poderia imaginar, uma cidade antiga e moderna ao mesmo tempo, um verdadeiro canteiro de obras, onde tudo muda a cada dia, uma cidade de braços abertos para seus visitantes, cosmopolita, vibrante, cheia de novidades e RELATIVAMENTE BARATA, saio de lá com a melhor de todas as impressões, recomendo a quem me perguntar e já coloquei na lista para voltar novamente, mas agora é hora de falar de uma nova cidade, um novo país, hoje é dia de ver o que a República Tcheca tem de bom, que venha Praga. 
O embarque de Berlim, foi tranquilo, como sempre, bem antes eu já estava lá para não correr o risco de perder o trem, peguei-o as 08:46 e cheguei a Praga as 13:26, quando entrei no vagão minha mochila já estava tão pesada que não conseguia mais suspendê-la para colocar no bagageiro, deixei-a quase cair por completo na cabeça de uma rapaz, morta de vergonha, pedi desculpas, seguimos viagem, foi uma viagem longa, 6 horas de duração e com diversas paradas pelo caminho, mas também foi uma viagem muito engraçada. Eu já havia falado que acertei o rapaz com meu mochilão, esse mesmo rapaz tinha uma mãe e essa mesma senhora me proporcionou momentos muito engraçados, definitivamente eu nunca tinha visto figuras tão grotescas, eles praticamente levaram uma feira de comida no trem, tudo que se possa imaginar eles tiravam de uma saco, eu já imaginava a hora que eles iram tirar um gato do saco (rsrsrsrsrs), mas fora isso os flatos eram constantes e os outros passageiros ficavam horrorizados, nesse contexto foi uma viagem divertida, fora isso, a paisagem do interior da Rep. Tcheca era de arrancar suspiros, como é lindo o leste europeu.



As estações eram mal cuidadas, isso é verdade, mas o país é lindo. Depois de algumas horas, parei na estação central de Praga, a primeira providência era fazer o cambio pela moeda local, porque Praga não adotou o euro, a moeda local se chama coroa tcheca, segui para casa de cambio e troquei duzentos euros, saí com um bolo de dinheiro que não acabava mais, a primeira "tabocada" foi no táxi, mais para minha felicidade foi a única despesa cara nessa cidade. Chegando ao hostel, mais uma bola dentro, um hostel com um bar é sempre um hostel muito animado, e essa animação se seguiu pelos corredores e pelos quartos, com relação a segurança, também nota 10. Devidamente instalada e com um banho tomado, fui atrás de comida, em frente ao hostel tinha um fest food de comida árabe, nunca pensei em comer tanto, eita comidinha boa danada.Com o mapa na mão comecei a desbravar a cidade e rapidamente cheguei no burburinho de Praga, os pontos turísticos já vistos na internet começaram a a aparecer na minha frente e um após outro fui clicando.

















Quase não conseguia andar sem puxar a câmera, a cidade das cem cúpulas tem uma arquitetura  fenomenal, a cidade em si tem séculos de existência e tem na Ponte de Carlos e no Castelo de Praga seus principais pontos turísticos. 







Vendo essa barraquinha, fiquei curiosa, que danado seria isso? Mas como todos comiam, não deveria ser ruim. Nada mais do que um pão doce, muito bom, é verdade. olho no mapa e segui direto ao ponto, o Castelo de Praga. De cara uma mega subida pelas ruelas da cidade até chegar no portão principal.








Aos poucos a cidadela foi ficando para trás e toda a exuberância do Castelo de Praga se mostrava. Para minha sorte, cheguei bem na hora da troca de guarda, e pude presenciá-la, junto a ela também se mostravam protestos de manifestantes, já que a crise econômica do país não era segredo para ninguém. Depois da troca de guarda, fui adentrando no castelo. Nossa! Tudo pedia uma foto, fui logo tratando de encontrar mais um japonês simpático, e achei.





Não entrei no castelo, dei apenas uma boa olhada por fora, segui em direção aos jardins, pensei que depois de Versailhes, nada poderia ser tão bonito. Adorável engano, as fotos que se seguem são de uma fotógrafa amadoríssima, o que implica dizer que a beleza do lugar transborda em qualquer lente.
















Inicio da noite chegando e eu queria muito esperar o por do sol nesses jardins, mas não consegui esperar, no momento dessas últimas fotos já eram sete da noite e a noite não chegava nunca, desisti, e fui descendo pelas mesmas ruelas que havia subido.





Passei por algumas obras, pelo teatro, mas meu intuito era chegar a cidade velha e ver bem de perto o famoso relógio astronômico medieval de Praga, datado de 1410, mas lógico, passar pelo centro da cidade velha e contemplar tudo aquilo também seria o máximo.




 Várias ruelas circunvizinhavam o caminho até chegar a praça do relógio, e foi muito legal ver todo aquele povo desfilando vestidos com roupas de época, me senti em um filme medieval. Chegando lá, aí estava ele, o Orloj, como é conhecido, os bonequinhos que fazem o caminho a cada uma hora e tocam um sino é o momento mais aguardado, e lá fiquei esperando, várias pessoas se aglomeravam nessa expectativa e então a hora chegou. Bom pessoal o que posso dizer com relação a isto é que faz parte do show, mas é muito sem graça, eu fiquei olhando para lá e de repente foi só aquilo mesmo, a graça maior realmente é o fator histórico, do relógio e da praça  que é belíssima, arrodeada por bares, barraquinhas vendendo comida e cerveja barata, artistas locais e a estonteante arquitetura colonial, isso sim é PRAGA.













A medida que a noite foi caindo, já as nove, meu cansaço explodiu, realmente uma pena já que era um sábado e ainda tinha muita coisa para acontecer, porém como ainda era o primeiro dia, me recolhi e fui para o hostel, chegando lá tomei um bom banho e fui passar minhas fotos para o PC, enquanto isso as meninas se arrumavam para sair, vocês não imaginam a quantidade de dialetos que eu ouvi nessa noite, chineses, tailandeses, turcos, árabes, quanto mais ao leste eu viajava, mais culturas surgiam no meu quarto, então depois de mandar uma alô para casa eu fui descansar, até o outro dia.