No post anterior encerrei falando do por do sol em Praga, um dos mais lindos que já vi, logo em seguida voltei para o hostel, deitei na minha cama e comecei a organizar as fotos, arrumei a bagagem e escutei um pouco de música enquanto as meninas, as colegas de quarto, chegavam falando dialetos que nunca ouvi na vida, leste europeu é assim mesmo, Praga foi minha primeira cidade e não será a última. O dia nasceu e sai bem cedinho, meu ônibus sairia as .... então pulei da cama, fiz o check out e parti para curtir o maior festival de cerveja do mundo, O OKTOBERFEST.
Eu estava com um medo danado de errar a parada deste bendito ônibus, por isso, mapiei tudo no google (santo google) para não errar nada e encontrei, cheguei com duas horas de antecedência, fui a primeira a chegar, as pessoas começaram a vir procurando a parada também, por um momento eu fiquei preocupada porque não encontrava o meu ônibus, mas com o tempo o meu ônibus foi afixado na placa também.
Como as pessoas iam chegando aos poucos, e eu já estava lá a algum tempo, virei o centro de informações e todos se dirigiam a mim para perguntar se era a parada correta, que horas sairiam os ônibus para Munique, esse tipo de coisa, cada pessoa de um lugar do mundo, conversei bastante com um casal de mochileiros italiano, com outro rapaz sul africano e claro com um grupo de brasileiros que estavam vindo de Munique e esperando o ônibus par outra cidade, peguei varias dicas.
Meu ônibus chegou e parecia mais uma viagem de avião, poltronas confortáveis, serviço de bordo, free shopping, DO YOU BELIEVE? Pois é, nem eu acreditei. Todos falam em viajar de trem pela Europa, e de fato é melhor para grandes distancias, mas viajar de ônibus também tem suas vantagens, principalmente se os lugares por onde passará forem as linda e bucólicas paisagens do interior da Alemanha.
A viagem foi linda e finalmente cheguei na minha última parada, Munique, a princesa da Bavaria, conhecida mundialmente pelas paisagens, o futebol, e claro, a cerveja e com ela o Oktoberfest. Desembarquei na estação de ônibus que é conjugada a estação de trem e metrô, peguei um táxi e segui para o hostel, o detalhe importante desse hostel é que preferi um quarto misto, eu já havia passado a experiência de dividir o quarto com um monte de mulheres, agora eu queria dividir o quarto com homens e mulheres, e assim resolvi reservar um quarto misto para também viver essa experiência. Cheguei bem numa segunda feira, preferi assim, mais tranquilo e com menos tumulto na rua, mas se engana quem pensa que uma festa dessa proporção tem um dia fraco, logo no check in a recepção já estava lotada, várias pessoas de várias partes da Europa chegavam ao mesmo tempo, as moças e os rapazes da recepção simplesmente belos me lembravam uma paisagem, lembro-me que chegou um grupo de brasileiros antes de mim, quatro rapazes e eles ficaram tão encantados com as garotas que elas faziam algumas perguntas e eles bobos não respondiam nada, foi quando intervi e falei: " A moça tá falando". O fato curioso que vale a pena ser dito aqui é que no ato do check in elas me deram umas pulseiras para serem usadas o tempo todo, durante o período de estadia, eu questionei e perguntei o porque, ela então me respondeu: " Caso você fique bêbada e não consiga achar o hotel a polícia vem lhe deixar e vai localizar seu hotel pela pulseira que você usa". Pergunta muito bem respondida, coloquei minha pulseira e dela não me separei mais. Subi para meu quarto, guardei minha bagagem, tomei um bom banho e mesmo, morta de cansada da viagem, sai para comer algo e explorar a vizinhança. Logo quando sai do hostel, bem em frente, um restaurante bem no estilo medieval, uma típica taverna, muito legal, como as mesas eram todas muito grandes, eu cheguei e fui sentando na primeira que vi e aos poucos outras pessoas também chegavam e sentavam. O Garçom veio a mim e antes que possa pedir qualquer coisa, ele me perguntou qual cerveja eu queria, eu disse nenhuma eu quero comida, ele me disse: "Aqui, sentou tem que beber", foi o jeito eu tomar uma mesmo, depois da barriguinha cheia, fui para a festa, no caminho encontrei um rapaz muito bêbado na calçada caído e do lado dele estava também o seu celular. Na mesma hora eu pensei: " Ta ferrado, vão fazer o rapa nele". Fui para festa e lá ele ficou.
Uma a uma eu fui entrando em todas as cervejarias em busca de um lugar para sentar, todas as melhores marcas que eu havia lido nos blogs de viagem, nas revistas, nos sites de mochileiros, todas me eram familiares, estavam ali reunidas e eu não conseguia lugar para sentar em nenhuma, tive que me contentar com o parque de diversões em anexo, o que também era bom demais. Andei bastante, tirei muitas fotos, conheci todo o complexo, e por volta das nove horas, voltei para o hostel, fui relaxar, estava muito cansada, mas eu sai do festival com uma certeza, no dia seguinte eu seria uma das primeiras a chegar, pegaria um lugar e provaria todos os chopes da festa, promessa feita, PARTIU CAMA.