sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

7° DIA - PARIS - AMSTERDAM

Sétimo dia da trip, dia de mudar de cidade e começar tudo de novo, depois de uma boa noite de sono acordei cedo para fazer o checkout, mas antes um café da manhã. Aquele típico cafezinho sem futuro, mas mesmo assim como saco vazio não fica de pé, tratei de comer, me sentei e ao meu lado um casal, de repente, eles começaram a puxar conversa comigo, uma coisa bem interessante que constatei em Paris, é que ela é uma cidade que muitas pessoas vem atrás de oportunidade de emprego, me deparei diversas noites com garotas que vinham apenas passar uma noite, para fazer alguma entrevista ou teste de emprego, inclusive garotas até de outros países; voltando ao casal que sentou ao meu lado, era um casal de meia idade que vinham visitar a filha que morava na cidade, a filha deles é engenheira mas tinha aceitado um emprego como assistente administrativa porque estava desempregada, como a hospedagem em Paris é muito cara, ela dividia um quarto e sala com amigas e eles se hospedaram no hostel, porque era barato. Depois do tal do café, coloquei meu mochilão nas costas e peguei o metrô para chegar a estação Galle du Nord, uma das estações centrais onde embarcavam-se para outros países, o trem partiria as 10:25 e chegaria as 13:41, mas para garantir qualquer imprevisto no embarque, eu cheguei as nove horas na estação, lição importante: " Mova céus e terras, mas não chegue atrasada a nenhum embarque internacional ", desde meus últimos per causos eu adotei esse código.





A estação não era complicada, apesar de fazer embarques regionais e internacionais, a sinalização funcionava muito bem, e não haveria com ter problemas em localizar a plataforma, só teria que ter cuidado para não embarcar no trem errado, já que muitas vezes, eles mudam a plataforma subitamente. No horário marcado chegou o trem e embarquei, fiquei um pouco tensa, comprar passagens pela internet é prático e algumas vezes fácil, e é essa facilidade que me assusta, eu nunca comprei no site eurail.com , que isso sirva de dica para todos que andam de trem pela Europa, comprar por esse site é dar uma volta e gastar mais ainda, o mais barato e seguro é entrar no site da companhia de trem e comprar nele, mas voltando ao trem, eu estava com a passagem impressa, toda engomadinha na minha pasta de documentos, imprimi na melhor impressora possível para que o leitor não tivesse problema na hora de ler meu bilhete e deu tudo certo, depois que moça passou o leitor foi que pude relaxar, fui para o vagão tomar um bom café com croissant e sentei para admirar a belíssima paisagem do interior da França e interior da Holanda, mal consegui dormir, diante de tanta coisa linda, mas também porque foram muitas estações até chegar na estação central de Amsterdam. Após tocar o solo holandês, hora de começar tudo de novo, sai da estação central e vi um amontoado de pessoas indo para os mais diversos lugares, atravessei uma ponte e do meu lado direito a maior marca da cidade, bicicletas.




Eu havia olhado no google a posição do meu hostel mas não tinha impresso o mapa, ruim para mim que tive que sair procurando com uma mochila de 15 kg nas costas. Vinte minutos andando por aí e já estava morta. Depois de caminha, caminhar e caminhar e não chegar a lugar algum, parei e comecei e perguntar, quem acabou me ajudando foi um espanhol que tinha um bar nas imediações, foi aí que percebi como eu estava perto do hostel, só não conseguia achar. Fiz o check in e me instalei, acomodações ótimas, banheiro privado para o quarto e camas macias, tomei um bom banho, peguei minha maquina, passei na recepção, peguei os mapas e pé no mundo.









Quando comecei a rodar, percebi o quanto bem localizado era o hostel onde estava, não só era próximo a estação central, como também era do lado da red light, da praça DAM, do museu do sexo e de diversos pontos e mais pontos de vendas da liberadíssima mariruana, em outras palavras, a maconha. Mas vamos começar pela praça DAM, minha primeira parada. Uma praça com diversos prédios históricos, entre eles o palácio real, o Museu de cera de Madame Tussaud, bares, restaurantes, lojas de diamantes e artistas locais para todos os lados, conta a história que a praça foi fundada com a cidade, no século XIII e ganhou esse nome devido a um obelisco fincado nela em homenagem aos soldados mortos na segunda guerra. Andei de um lado para o outro, meio que perdida, resolvi alugar uma bicicleta para dar umas voltas pelos canais, acho que eu fui a única pessoa que não passou nem uma hora com a bike, o trânsito daquela cidade é louco, pirado mesmo, se misturam bondes elétricos, com ônibus, carros, bicicletas e pedestres, como na minha linda cidade tem muitas praias mais quase nenhuma ciclovia, apanhei horrores das ciclovias de lá, que até semáforos tinham, só podia dar errado, no primeiro cruzamento quase que atropelo uma senhora, foi o suficiente para devolver a bike ligeirinho e andar com meus possantes pés.






Depois de dar uma longa volta na praça, sai procurando no mapa para onde eu iria, e decidi fazer algo bem amsterdam, só para começar. Não! Para quem pensou na maconha, fui conhecer o famoso museu do sexo, e lá passei uma hora e meia passeando pela orgia conhecida da cidade entre bonecos de cera e muitas e muitas fotos. Achei válido conhecer, já que fica bem localizado e é baratinho, mas não o faria novamente, achei meio chato. Quando saí de lá me deparei com uma baita fome, eu já havia lido que na cidade haviam vários pontos de venda de batatas fritas, muito boas, todos os blogs falavam sobre e próximo ao museu também tinha uma, aí foi só alegria.




Todos os blogs estavam corretos, eu nunca comi uma batata tão boa, vale a fama mesmo. Com a barriga cheia, fui aos canais, fui até onde dava para ir a pé, meu objetivo era encontrar o região dos museus, onde fica o letreiro " I am Amsterdã ", mas não consegui achar, voltei pelos canais, os quais não cansava de olhar, parar e tirar fotos.









A noite começo a cair e os canais foram ficando mais lindos ainda, bem devagarinho fui caminhado por eles entrado e saindo de algumas ruas e ruelas, até que percebi que as vitrines começavam a mudar, em vez de mercadorias, outro produto era exposto, mulheres. Com a noite caindo, a luz vermelha surgiu e saquei onde eu havia chegado, na rua de prostituição mais famosa do mundo, THE RED LIGHT DISTRICT.





A Red Light district é uma zona de prostituição legalizada em Amsterdam, tem de tudo lá, bares que só pode fumar se for maconha (The Bulldog), cinemas eróticos, sex shops, é impossível ir a Amsterdam e não passar lá para dar uma curiada nas ruas, nas vitrines humanas, em toda aquela loucura que só existe naquela cidade. Depois de andar para cima e para baixo pela rua, voltei para o hostel, louca por um bom banho e uma cama bem quentinha, chegando no quarto só tinha uma garota, as demais estavam na rua, puxei assunto com ela e achei o seu sotaque parecido com o meu, mais uma brasileira, é sempre muito bom encontrar pessoas como eu, que não deixam de viajar por estarem sozinhas. Seu nome era Karina, uma gaúcha muito gente boa com quem conversei e troquei boas idéias para o dia seguinte na cidade, ela havia me dito que iria para um passeio numa cidade famosa por seus moinhos, passeio de dia inteiro, infelizmente não poderia ir, só tinha mais um dia na cidade e tinha ainda vários lugares para ver no dia seguinte. Tomada pelo cansaço, desci rapidamente para comer algo no bar, em seguida subi e fui para cama, meus planos seriam de acordar cedo e aproveitar o máximo o dia, então SEE YOU TOMORROW.

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