Um lindo dia de sol, foi esse do décimo quinto dia, e um fato interessante que esqueci de mencionar no post anterior, algo que me chamou bastante a atenção. Eu comentei que quando sai do hostel, me deparei com um rapaz bêbado, deitado na calçada, com seu celular ao lado, imaginei na mesma hora que iriam depenar o coitado e ele voltaria para o hostel, quando retornasse da cachaça, só de tanga, para minha surpresa, quando eu voltava para o hostel, as nove da noite, lá estava ele, na mesma posição, embreagado, deitado no chão da calçada e lá estava o seu celular no mesmo lugar. Improvável? Sim, inexplicável? não, como diria um amigo meu, isso é coisa de alemão. Assim sendo, vamos dar início ao meu, agora de verdade, primeiro dia no oktoberfest.
Depois de um café da manhã muito bom, as dez horas da manhã eu já estava indo em direção aos galpões, entrei meio encabulada, escolhi uma mesa e sentei, de repente uma das meninas veio me atender, perguntei a ela como era o esquema das bebidas e comecei a pedir.
Passei cerca de quarenta minutos sozinha, até que Justin chegou, perguntou se podia sentar ali e começamos a conversar, ele era americano de Chicago e me encheu de perguntas sobre o carnaval, a copa do mundo, até que chegou um casal muito simpático, também de americanos só que de Boston e emendamos mais conversas, entre uma cerveja e outra o galpão foi enchendo e duas horas depois, já estava lotado, o detalhe é que ainda era uma terça-feira.
A medida que o tempo ia passando, mais pessoas se juntavam a nós, um casal de alemães, dois ingleses e depois do terceiro copão de cerveja, eu conversava com todos, cantava em alemão junto com eles, e brindava loucamente cada vez que a banda parava e pedia que todos brindassem.
A parte mais hilária e incrível também, era quando a bandinha cantava algum tipo de música onde só os fortes se levantam e viravam os copos, essa foi a parte que achei mais legal, senhores de idade, que deviam ter uns 70 anos viravam o copo gigante de cerveja como se fosse água, me senti a mais fraca dos mortais. Depois do quarto copo de cerveja o pessoal começou a querer sair do galpão e procurar outra cervejaria, fui com eles e acabamos parando em outra cervejaria tão legal quanto a primeira, lá pudemos sentar com umas senhoras muito loucas, agarravam o Justin, beijavam e ele tentando se desvencilhar, morri de rir da situação.
Lá se foram mais uns quatro copões de cerveja, e eu cheguei no meu limite, o álcool não descia mais, já era noite e eu nem percebi que não havia comido nada de futuro, me despedi da galera e fui atrás de comida, rodei o festival e logo na saída achei o melhor hamburguer que já comi na vida, coisa de louco, o cara pegava tudo com as mãos, sem proteção nenhuma e fiquei na dúvida em comer ou não, mas a fila era tão grande pelo sandwish do rapaz que resolvi arriscar. Quando estava parada na fila, um senhor muito embreagado me perguntava alguma coisa, só que eu não entendia nada, foi aí que sua esposa me disse: " Ele te achou muito bonita e apostou comigo, como você era brasileira". eu confirmei que era brasileira, ele sorriu e disse algo do tipo, eu sabia, a ela. Conversa vai e conversa vem, ela me disse que eu iria adorar o hamburguer e disse mais, que os bois alemães eram os melhores do mundo, então a carne deles também era muito saborosa, escrevendo esse post nesse momento salivei e lembrei do sabor do hamburguer, que devo concordar, foi o melhor que já comi na vida, comi dois e no outro dia voltei para comer novamente. Depois de me esbaldar, voltei para o hostel e apesar de ser umas nove horas da noite, eu fui a primeira a chegar ao meu quarto, tranquilidade, tomei banho, fui repassar as fotos, arrumei a bagagem e fui checar os mapas, o dia seguinte seria meu último dia em Munique e o fim da viagem, eu tinha uma lista de compras a fazer e coisas a procurar, então, tranquei tudo e cama.
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